quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Entrevista com Mário Celso Petraglia

Mário Celso Petráglia fala sobre a Copa 2014


A Copa de 2014 virá a Curitiba, com jogos na Arena da Baixada, graças ao pioneirismo e empreendedorismo de Mário Celso Petraglia. Foi ele que 15 anos atrás vislumbrou a importância de construir não apenas um estádio de futebol, mas o mais moderno estádio do país, criando as condições necessárias para que hoje a nossa cidade figurasse no calendário das capitais escolhidas para sediar jogos da Copa 2014.

A Arena Atleticana é hoje referencial nacional e internacional quando se fala em estádio de futebol para a Copa de 1014 no Brasil. Sua construção demandou muitos esforços, investimentos, sangue e suor. E no comando de tudo estava um empreendedor visionário, um homem muito além do seu tempo, Mário Celso Petraglia, o presidente mais importante da história do Atlético.Ele assumiu a gestão do clube em 1995 e em menos de dez anos somava as seguintes realizações: construção da Arena da Baixada e do CT do Caju, títulos brasileiros das Séries A e B, quatro títulos estaduais e classificação do Atlético para três Copas Libertadores, chegando a final em 2005 quando o CAP foi prejudicado pela Conmembol transferindo na “canetada” o jogo da Arena para o Estádio do Beira Rio.Mário Celso Petraglia nasceu em Cruzeiro do Sul (RS) em 11 de fevereiro de 1944, filho de José Benito Petraglia e Maria Etlin Petraglia. A família mudou-se para Curitiba em 1954, para o bairro Água Verde, rua Petit Carneiro, onde ainda criança Mário Celso pulava a cerca do Atlético para jogar peladas e assistir aos jogos no campo do clube. Atleticano desde a infância, dedicou grande parte de sua vida ao time do seu coração.Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba e iniciou sua carreira como gerente administrativo e financeiro da Enco, em 1961. Foi promovido a diretor financeiro da Inebrasa em 1973, e sete anos depois tornou-se vice-presidente da Inepar, em 1980, ocupando este cargo por vinte anos. Atualmente é membro do Conselho de Administração da Inepar, posto ocupado há mais de 25 anos.A convite de Valmor Zimermann, em 1984, Petraglia foi diretor do clube, integrando a chamada Retaguarda Atleticana, que dava suporte às decisões da diretoria. Atuou de forma discreta, mas decisiva, por 10 anos, e finalmente em 1995 assumiu a presidência do Clube Atlético Paranaense em uma época de incertezas, quando o clube enfrentava grave crise financeira.Para vencer os desafios que colocavam o clube em situação difícil, surgiu o “estilo Petraglia”: o Atlético adotou uma política de gerenciamento rígida e competente. Pela primeira vez um presidente exigia resultados concretos de seus comandados e o clube passava a funcionar como uma empresa, através de investimentos seguros, corte de gastos supérfluos ou desnecessários, estabelecimento de normas, objetivos e metas a serem atingidos. Nos meses seguintes o clube renascia, revigorado.O Atlético que disputava a segunda divisão conquistou vaga na primeira divisão e se consolidou como um dos times mais importantes do país. Mas a grande obra ainda estava por vir, e se havia alguém com competência e capacidade para enfrentar esse majestoso desafio, a construção da Arena, esse alguém tinha nome: Mário Celso Petraglia, o homem certo no lugar certo.Para comemorar os 75 anos de idade do clube, o pequeno Estádio Joaquim Américo foi demolido, e em seu lugar foi construído o estádio mais moderno do Brasil e da América do Sul. O planejamento estratégico ousado e competente de Petraglia foi decisivo, e ele lançou campanhas de marketing inovadoras, entre as quais a “compra” dos velhos tijolos do estádio para serem guardados como recordação pelos torcedores, criação de pacotes de ingressos para competições inteiras, divulgação do Atlético em todo o país.O crescimento do clube despertou a ira e a inveja de outras equipes, a ponto de criarem um escândalo em 1997 envolvendo o clube com problemas de arbitragem. O objetivo era derrubar a diretoria atleticana, mas a campanha não prosperou, limitando-se a punição por perda de pontos no Campeonato Brasileiro de 1997. Em 1999 a Arena da Baixada foi inaugurada com grande festa e pompa, para alegria de todos os atleticanos.Sob o comando de Mário Celso Petraglia o Clube Atlético Paranaense retornou ao Campeonato Brasileiro 1996 com a quarta melhor campanha, chegando às quartas-de-final. No ano da inauguração da Arena o Atlético conquistou o título da Seletiva da Libertadores, conseguindo uma vaga na Libertadores da América.Sempre a frente do “projeto” Petraglia mesmo exercendo vários cargos no período e dividindo a representação e a exposição do Clube com vários companheiros, jamais delegou a condição de ficar o responsável pelos destinos, pelo futuro e pelo crescimento e desenvolvimento do Atlético Paranaense... Voltou à presidência do clube em 2002, após o movimento "Fica Petraglia", organizado por todos os segmentos da grande torcida. Durante os anos de 2004 e 2008, exerceu o cargo de presidente do Conselho Deliberativo.

Na última eleição do clube ele apoiou a atual diretoria, presidida por Marcos Augusto Malucelli, mas decepcionou-se com a falta de visão e do não cumprimento do pré-acordo existente que levou o MCP a apoiar a chapa vencedora. Várias declarações na imprensa entre as quais a “herança maldita” quando era “bendita”, “a descontinuidade dos projetos estratégicos e emblemáticos do Clube” , “a Copa de 2014 não interessava ao Atlético” criaram desconforto não só para os atleticanos, para todos os curitibanos que exergam no evento uma grande oportunidade de gerar empregos e melhorias nos transportes e urbanismo, como também o afastamento do MCP após 31/05/2009, data que Curitiba/Arena foram incluídas como sedes dos jogos da Copa2014.Confira a seguir a entrevista exclusiva ao nosso jornal:

Gazeta Santa Cândida – O que mudou nos últimos anos nas condições do Atlético sediar a Copa 2014?

Mário Celso Petraglia – Caso prevalecesse o primeiro Caderno de Encargos (1995) nós chegaríamos a 40 mil lugares e não mudaríamos absolutamente nada do estádio. Não eliminaríamos fosso, não mudaríamos as entradas, não modificaríamos a cobertura, não teríamos que ter saída do gramado diretamente pra rua, não precisaríamos tirar os vestiários do fundo do gol para a lateral, não precisaríamos fazer a área para a imprensa, etc. Ou seja, era um projeto Atlético Paranaense pra jogar Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil, para 40 mil lugares. Esse era o nosso projeto. E se não tivesse havido as mudanças no Caderno de Encargos este projeto atenderia à Copa do Mundo e gastaríamos no máximo R$ 30 milhões, Isso com a venda do “naming right” se resolveria. Nós construímos tudo isso sem dinheiro, nós construímos Arena, CT, etc., sem grana, sem ajuda, sem nada, por estas razões que o CAP sempre afirmou e garantiu que não precisaria de dinheiro público para a conclusão das obras para a Copa do Mundo!Não terminamos antes porque tínhamos sérias preocupações de como é que seria o futuro. Nós gastamos muito dinheiro pra reformar o CT e não teríamos reformado. Compramos a outra metade dos 50% do terreno ao lado e não teríamos comprado e teríamos concluído a Arena com muita facilidade. A tranqüilidade de concluir dentro do nosso projeto inicial era tão grande que nunca nos assustou. Bem, vieram as mudanças. Acompanhamos e sabemos de cor o (novo) Caderno de Encargos da FIFA. Conhecemos tudo isso. Ficamos três anos pagando do nosso bolso estudos, aconselhamentos, assessores, consultoria, viagens pelo mundo… Já fomos duas vezes para a África do Sul. Nós somos especialistas nisso: eu, meu filho e todo nosso grupo. Os arquitetos, os que nós contratamos, estão aí até hoje dentro do projeto da cidade de Curitiba, inclusive o arquiteto Carlos Arcos, que nada recebeu até agora. Nós o contratamos e pagamos a primeira fase. Quando vieram as mudanças do caderno ele se dispôs a fazer no risco, isso em 2007. Vamos fazer o cronograma mental para não nos perdermos.No ano de 2008 nós trabalhamos o ano todo, reformulamos o projeto inteiro. Viagens, reuniões e muito trabalho… Tivemos o apoio do IPPUC e trabalhamos até 14 de janeiro de 2009 para apresentar a proposta de candidatura da Cidade de Curitiba. Tudo que está lá dentro foi o Atlético que gastou. O Paraná - Estado, e a Prefeitura não gastaram nem um real. Nem os xerox do projeto gastaram, nem uma fotocópia. Tudo o que foi feito para trazer a Copa do Mundo pra Curitiba foi feito por nós. A consultoria que o estado e a prefeitura iriam contratar não contratou o governador da época não permitiu. O grupo de trabalho dos Governos foi constituído, mas ninguém trabalhou (na dimensão da necessidade). Depois que o Prefeito Beto Richa foi reeleito, isto já em outubro, tínhamos que entregar a proposta até o dia 15 de janeiro de 2009. No começo de dezembro ele nos liberou o IPPUC. Todos nós trabalhamos: Atlético Paranaense, eu, meu filho, os arquitetos contratados, todo o grupo de assessores, trabalhamos com o IPPUC, que conhece a cidade como ninguém. Então nós somamos os nossos trabalhos com os trabalhos do IPPUC e apresentamos uma das melhores propostas do Brasil. Das dezessete apresentadas, Curitiba foi uma das três melhores e foi incluída (como cidade sede). Isso foi em 15 de janeiro de 2009. Estamos trabalhando desde 1997. Em Outubro de 2007 vieram as mudanças (do caderno) e daí nós refizemos os projetos. Em Setembro de 2008 vieram outras mudanças. Veio a adequação do caderno para a Copa no Brasil e nós tivemos que reformular novamente os projetos. Em função disso trabalhamos do dia 1º de Dezembro de 2008 a 15 de Janeiro de 2009 “full time”… Com Natal, com Ano Novo e com férias do pessoal no meio, tudo para entregar a proposta até o dia 15 de Janeiro de 2009. Entregamos quilos de papel, tudo confeccionado pelo Atlético Paranaense. Maquete, apresentação, viagens: tudo feito por nós. O IPPUC e o Estado não gastaram “um figo podre” pra trazer a Copa pra Curitiba. Era do nosso interesse, nós fizemos porque acreditamos que o Atlético se promoveria que concluiríamos a Arena, que a cidade se promoveria, que o futebol do Paraná cresceria, que o Estado teria todas as benesses e os investimentos do PAC da Copa, com metrôs, com reformas e ampliações do nosso aeroporto, com toda mobilidade urbana. Pouca gente sabe o que é uma Copa. Nós sabemos bem, sabemos o que isso envolve. Após a apresentação, em fevereiro de 2009 nós tivemos uma “grande briga”, tivemos desencontros até com ofensas pessoais em alguns momentos. Pelas insistências (nossas), pois nós entendíamos que (os trâmites) deveriam ser conduzidos da forma que precisávamos. Uma coisa é quando você está informado e sabe como as coisas funcionam e outra coisa é quando você da palpite sem nunca ter visto ou sabido daquilo que você está envolvido. Um lado têm o poder e do outro têm a razão, por esta coisas tivemos vários desencontros.

Gazeta do Santa Cândida – Fale sobre os desencontros para a vinda da Copa para a Arena.

Mário Celso Petraglia – Entre outras razões da minha indisposição logo no começo da gestão atual foi a mudança dos rumos, das estratégias, das políticas. Não que eu seja contra nenhum adversário local, mas eu não sou demagogo. Nós sabemos o que se passa nos bastidores e o que se passa na força das rivalidades. Então, você visita o Coritiba Football Club e dizem que vão trabalhar em conjunto pro bem do futebol do Paraná, sem nenhum projeto objetivo, só para “jogar para a torcida”… Eu fui contra. Como é que vocês vão lá se a vida inteira nós brigamos? Se o Coritiba puder, eles “têm” a “obrigação” de nos “esfolar”… Estou falando de forma ética. Tô fora. Aí abrem o CT pra imprensa… Tô fora. Daí libera geral pra torcida organizada… Tô fora. Ou seja, políticas que desmontam a estrutura profissional que nós criamos… Tô fora. Não aumentam o valor Sócio Torcedor para R$ 100,00… Tô fora. Ou seja, ou se continua com um projeto sério, ou se fica eternamente naquela mediocridade que sempre foi o nosso futebol. O futebol paranaense não existe. Nós somos considerados “lixo” lá fora. “Lixo”. Quando você vai para uma reunião no C13 ou outra entidade de classe, eles não te consideram. É Rio, São Paulo, Minas e Rio Grande. O resto não existeDisseram que o Coritiba protocolou um ofício junto ao governo de protesto contra qualquer alternativa que fosse para solução da Arena com recursos públicos, ou seja, autofagia, quanto pior, melhor. É o que reina na “aldeia”.Vocês sabiam que nós tínhamos R$ 120 milhões disponíveis no orçamento da União, por emenda federal dos nossos Deputados (junto ao Ministério dos Esportes) para Curitiba fazer uma Arena coberta, (Areninha) e que virou pó?? Nós perdemos. Porque não tivemos projeto e nem local. R$ 120 milhões a fundos perdidos! Nós perdemos o Paraná, Curitiba e os clubes perderam… Temos andando por aí, pelo Brasil inteiro e tenho me sentido envergonhado de ver as estruturas para a Copa dos Estados comparadas com as nossas. A vontade, a coragem política, a estrutura organizacional, a competência. Dá pena.

Gazeta do Santa Cândida – Foi uma boa alternativa o BNDES financiar a finalização da construção da Arena?

Mário Celso Petraglia – Na verdade o BNDES está financiando as construtoras, que receberão incentivos do estado e do município. O dinheiro não é do governante. O dinheiro é nosso, ele é do povo. A vontade popular tem de ser atendida. Nós temos 46% dos curitibanos que não torcem para ninguém daqui. Tem n % que não gostam de futebol. Tem 18% dos que gostam de futebol torcem pelo Coritiba e 22% pelo Atlético. Façam essa conta. Façam uma pesquisa popular, geral e abrangente no Estado todo e veremos os resultados. Vamos contratar uma pesquisa: quem é contra e quem é a favor da Copa. Vocês sabem o que vai trazer de benefício para a Cidade e Estado a Copa do Mundo? Vocês quantificaram? Procurem saber o projeto de viabilidade da Copa no Brasil, é um por dez (1×10): cada real investido tem dez de retorno. Claro que não é no mês seguinte. É até a outra Copa. É antes, durante e depois. Dez por um! E nós estamos discutindo se devemos ou não fazer Copa do Mundo…

Gazeta do Santa Cândida – Há alguns anos o senhor trabalha pela vinda da Copa 2014 ao Brasil e a Curitiba. Qual a sua vantagem nisso?
Mário Celso Petraglia - Única e exclusivamente como idealizador deste projeto, de querer ver este “sonho” realizado. E como cidadão de ter contribuído para o meu Estado por adoção - eu não nasci aqui, vim para cá muito jovem e adotei este Estado como meu - e em agradecimento eu tenho a obrigação de retribuir como me receberam e as oportunidades que eu obtive. Toda a minha formação, realização, casamento, meus filhos/netos, as grandes empresas… Foram criados aqui. E como esportista. Nós, que gostamos muito de futebol e estamos envolvidos, podemos nos conformar em ficar mais cem anos na mesma mediocridade. O futebol no Brasil tem cento e picos anos… O quê o futebol paranaense representou nesse tempo? O Coritiba acabou de fazer o seu centenário. O quê nós representamos? E vamos continuar mais cem anos representando menos ainda?. Proporcionalmente seremos menores. Cobrem-me daqui cinco anos. Lembrem se eu estiver por aí. Cobrem-me em 2015, caso a Copa2014 não seja realizada em Curitiba. Sem falsa modéstia, eu sei o valor que tenho e sei os defeitos que tenho também. Um executivo do meu nível, o que eu represento. Quatorze anos trabalhando para o Atlético “n” horas por dia… Faça essa conta. Esse patrimônio que está aí, que nós deixamos, é um orgulho nosso. E foi tirado da onde? Daqui ó, (da minha cabeça), do meu trabalho, do meu envolvimento, dos meus relacionamentos. É claro, fez sozinho? Nunca disse isso e jamais direi. Ninguém faz nada sozinho. Tive ajuda, colaboração, participação de dezenas de pessoas. De amigos, de atleticanos, de gente que participou, que se doou, trabalhou… Agora, quem liderou e quem peitou fui eu. Esse é o mérito que sei que tenho. Trazer a Copa do Mundo, tirar do Pinheirão, trazer para a Arena… Fui eu. Ninguém faria isso, por que tem que botar a cara para bater, tem que “tomar” um Youtube do Moura para o Brasil inteiro… Chamando-me disso, daquilo e daquilo outro. Isso aí é pra leão, isso aí não é pra qualquer um. No Rio Grande diriam: não é pra “cagalhão”. Isso é pra quem quer realizar, pra quem quer fazer, quebrar paradigmas. Quando o Coritiba aumentou para R$ 80 o ingresso, todo mundo aplaudiu. Quando nós fomos campeões brasileiros em 2001 e aumentamos para R$ 30, tomamos bordoadas de “Deus e o mundo”.

Gazeta do Santa Cândida – Cite alguns benefícios da vinda da Copa.

Mário Celso Petraglia - O país sede escolhido tem uma exposição mínima de 6 anos, desde o ano da definição até a data dos jogos, com intensa atenção para o período logo após encerramento da última, no caso África do Sul em 2010 até 2014 quando teremos encerramento da próxima, que será no Brasil, período de 4 anos quando o mundo do futebol estará voltado para o Brasil. É de conhecimento de todos que o retorno dos investimentos para os jogos da Copa têm reflexos no mínimo de 10 anos depois da sua realização, ou seja, a África do Sul estará faturando em todos os sentidos até 2020 pela realização da Copa do Mundo em seu país!Quantas pessoas no mundo sabiam o que sabemos hoje sobre aquela maravilhosa nação e do seu povo?O bairro Água Verde será um dos grandes beneficiados, além de toda a população de Curitiba com a ampliação do aeroporto, construção do metrô, ampliação e melhoramentos de vias de acesso ao centro e bairros. Apenas para mobilidade urbana estão aprovados recursos da ordem de 550 milhões de reais dentro do PAC da Copa2014.


Gazeta do Santa Cândida– O que a Copa representa para o Atlético?

Mário Celso Petraglia - O que não podemos é perder a oportunidade de darmos o segundo Grande Salto na vida do nosso clube. Teremos mais um avanço no nível de qualidade abrangendo todo o sistema do futebol no CAP. Será uma verdadeira reforma no nosso futebol. Os jogos ao vivo nos estádios não guardarão nenhuma semelhança com os atuais. Haverá uma extrema valorização em razão das novas Arenas. É isso que uma Copa do Mundo traz a um país. Ainda mais a um país que ama o futebol como nós. Será jogada a Copa do mundo pela segunda vez na terra dos reis do futebol depois de 64 anos. Um grande evento que o Atlético Paranaense não poderá ficar fora. A nossa competência em participar desse evento será decisiva para definir os próximos 30/40 anos do clube.Chega de pessimismo. Estão divulgando de modo sorumbático os valores necessários para a empreitada. Entretanto, os governos isentarão de todos os impostos os investimentos para a Copa do Mundo, e essa isenção não foi considerada nos primeiros orçamentos, elaborados de maneira rápida e estimados para cima. Temos que evitar esse negativismo contagiante e fazer o que tem que ser feito com otimismo e entusiasmo.Terão que ser feitas desapropriações no entorno do estádio. Este assunto já foi conversado com a Prefeitura Municipal de Curitiba, bem como o da incorporação da Praça do Atlético ao projeto da Nova Arena.Temos um estudo avançado para a construção da Areninha, uma Arena Coberta (multiuso) para 10 mil lugares que ficará ao lado da Nova Arena, integrado ao estádio criando um complexo de forma inexistente no mundo. É algo viável, em parceria com o governo municipal, com recursos já assegurados junto ao governo federal.Temos estudos avançados para viabilizarmos as condições políticas, jurídicas e técnicas para a aplicação de fundos públicos em patrimônio privado, para garantir a participação dos governos na conclusão da Nova Arena e da Areninha.Temos tudo. Temos um dos melhores projetos. Temos uma das melhores capitais do Brasil. Temos um caminho muito bem trilhado até aqui. Mas temos que ter a coragem de dar os mais importantes e decisivos passos. Chegou a hora. De escolher entre a ribalta ou o ostracismo. De ser líder, ou seguidor. De ser grande ou não.Chegou a hora de fazer a grande escolha: queremos ter o crescimento que nos levará entre os maiores clubes de futebol do Brasil e das Américas? É isso que queremos? Ou ficarmos mais 100 anos em planos inferiores?Então temos que escolher fazer o melhor que podemos para Curitiba ser uma das grandes sedes da Copa e que a Nova Arena seja o melhor ou um dos melhores estádios-sede. Porque a Copa do Mundo dura um mês. O legado que ela trará serão permanentes.


arena em projeto para 2014

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